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O Sistema de Defesa (por Cristovam Buarque)

Centros de formação e de pesquisas são tão necessários quanto navios, tanques e aviões

Por Cristovam Buarque
Atualizado em 18 nov 2020, 20h00 - Publicado em 29 ago 2020, 11h00

Recente artigo de Raul Jungmann, neste mesmo espaço, ajuda o leitor a perceber a importância do papel das Forças Armadas, em um país com a dimensão do Brasil. Também a ver este papel independente das conjunturas políticas às quais seus generais às vezes se entregam. O Brasil não deve se imaginar sem Forças Armadas.

Mas, nos tempos atuais, a Defesa Nacional exige muito mais do que: Exército, Marinha e Aeronáutica. No mundo de hoje, a Defesa Nacional deve incluir universidades, centros de pesquisas, cada escola. O conhecimento é uma arma fundamental porque é a base de invenção das armas, além de ser a base da formação dos soldados. Além das armas tradicionais, a Defesa Nacional precisa de conhecimento.

Os centros de formação e de pesquisas são tão necessários quanto navios, tanques e aviões: matemática e seus algoritmos são mais poderosos que pólvora, até porque a ciência que fabrica as armas, e a educação ensina a usá-las. As estratégias militares precisam levar em conta o papel fundamental da educação como parte da Defesa Nacional.

Por mais armadas que sejam as Forças Armadas, elas serão frágeis se o povo não for educado para conhecer sua história, ter sonhos para o futuro e querer defender seu país, serão frágeis se deste povo educado não surgir uma elite com formação superior e dela um aparato científico e tecnológico capaz de dar sustentação a uma indústria inovativa e eficiente que sirva de base ao sistema de defesa.

Por isto, em um país em que os milhões de possíveis soldados são sabem ler, nem mesmo o lema escrito na bandeira, um país em que nossa educação de base está entre as piores do mundo e não prepara a juventude; onde com nossas universidades e centros de pesquisa fragilizados, é um equívoco tirar dinheiro da educação, ciência e tecnologia, para aumentar investimento em armas. Sem uma tropa educada, as armas modernas ficarão sem uso correto; sem ciência e tecnologia, estaremos submissos aos países que nos fornecem as armas. Nossa Defesa será aleijada, se os recursos que as Forças Armadas recebem forem tirados da educação.

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Mais ainda do que especificamente as Forças Armadas, o Brasil precisa de um Sistema de Defesa Nacional, onde o Setor Educacional, em todos os níveis, seja considerado parte da nossa Defesa e um pilar fundamental. Aumentar recursos nas Forças Armadas tirando do setor educacional, é uma sabotagem da Defesa Nacional. Será um risco ainda maior se isto mostra que nossos oficiais superiores não têm a consciência da importância do conhecimento como base fundamental para nossa defesa, composta por Marinha, Exército, Aeronáutica, Universidades, Escolas, Centros de Pesquisas.

 

Cristovam foi Senador

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